quinta-feira, 18 de março de 2010

Vagabundo Abandonado.

Farejas pelas ruas,
Triste, só e sem futuro.
Alimentas te de coisas cruas,
Dormes encostado a um muro.

Não imaginarias estar assim,
Aos 22 de idade.
Estás perdido, Sim!
Tens que enfrentar a realidade.

Como um cão abandonado,
Magro, frágil de olhar vazio.
Á procura de comida esfomeado,
Nu, cheio de frio.

A quem lhe ladra, ele escapa,
A quem o pisa, Gane.
Viver sem etapa,
A espera de alguém que o ame.

Levanta te, pobre vagabundo!
Levanta te, e luta de novo.
Pé no acelerador, a fundo,
Faz algo pelo teu reino, pelo teu povo.

domingo, 14 de março de 2010

Conta me como foi…

Conta me como aconteceu.
O que sentiste ?
Conta me quanto doeu,
Quando para o outro mundo partiste.

Estarias a dormir,
Naquele automóvel?
Estarias a sorrir,
A ler mensagens no telemóvel?

Encostada sentada,
A adormecer?
Ou mesmo deitada,
A espera do outro mundo pertencer?

Vai para o céu,
Sobe inocente.
Não te tornarás réu,
Nem uma doente.

Viverás a paz.
Corres e não te cansas.
Um chão branco e eu céu lilás,
Todo o universo alcanças.

Darás de comer,
E nunca Fome irás ter.
Pena quem não te conhecer,
Pena, quem acabou por te perder.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Perante Deus.

Numa vida normal,
Feliz e Sossegada.
Todo o ano uma rotina igual,
Uma alma atada.

Deus deu uma ordem.
Ao meu corpo o mandou pausar.
Uma dor mais dor que o alem.
E no meio de tudo o pânico causar.

De olhos mortos deitado,
Os mais chegados gritam.
Ninguém acorda aquele corpo inanimado,
“Agora não Daniel, Raios te partam!”.

Acordo levantado,
Perante alguém inexplicável.
De boca aberta e espantado,
Dele ouvi um “olá” amável.

Acusou me de não viver.
Comer, dormir e trabalhar.
“De que é que é feito o teu ser? “
Eu respondi: “talvez um dia, amar.”

“Muito bem”, ele começou.
“No amanhã, sem te aperceberes, amarás”.
“No amanhã?” a minha alma pensou.
“Sim, ainda hoje para a terra partirás”

Quis falar mais.
Tanta pergunta sem resposta.
Foi tarde demais,
À terra a minha alma foi reposta.

A vista foquei,
Toda gente me observava.
O meu corpo levantei,
Em redor eu olhava.

“’Tas bem ?! “
Olhei cego e afirmei,
“Passei a barreira do além”.
“Com deus tive e amei.”

Depois daquela afirmação,
Nunca mais a desmenti.
Declarado Louco em questão,
Sabendo que não menti.

Resta viver o amanhã de deus,
Numa sala fechada.
Será este o fim, um adeus?
Ou um inicio, a espera da tal amada?




terça-feira, 9 de março de 2010

Ontem, Hoje e Amanhã .

Ontem recordado,
Na memoria permanece,
Algo ultrapassado,
A alma aquece.

Hoje solitário,
Meu amor trocado,
Talvez alguém ordinário,
Resta estar parado .

Amanha começa,
Sol nasce e levanta .
Talvez tropeça,
Medo nunca, Sede tanta.

Ontem rei,
Dono de sentimento,
Esquecer não deixarei,
Na altura do crescimento.

Hoje abandonado,
Erros grandes cometo,
Hoje e amanha pensado,
Não irei errar mais, prometo .

Amanhã criado,
Amor novo nasceu,
Ontem transtornado,
“Amar-te-ei para sempre” , prometeu .

Final alcançará,
Como conto de fadas
Aquele amor permanecerá,
“felizes para sempre” de mãos dadas.