domingo, 5 de dezembro de 2010

A bela adormecida .

Quando vais acordar,
Bela adormecida ?
Abrir os olhos, e lembrar,
O quanto estas crescida ?

Quando iras acordar,
Do teu sono profundo?
E se o príncipe que te beijar,
Não te fará despertar ?

E, se o príncipe que te beijar,
Não for por amor.
Não ser aquilo que te faz sonhar,
Mas sim, que te cause dor?

E, se ninguém te beijar?
Quem és tu , princesa ?
Nunca te iras levantar,
E serás rebocada pela tristeza.

O príncipe, vem um dia talvez.
Talvez a princesa lá permaneça.
Que o coração dela aqueça.
E que a faça sorrir, de vez

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

De luz ligada

Um trato especial,
Um abraço forte.
Num momento crucial,
Antes desta trágica morte.

O mundo acabou.
Os céus faleceram
Tudo desabou,
Eu morri, as cores desvaneceram.

Acartei, o peso de uma vida.
Que tanto custa manter.
Não foi falta de comida,
Nem sede, mas sim de conter.

Falta me tudo de nenhum,
Um pouco de algo.
Não ser só um,
Mas não ser dado a fidalgo.

A solidão espeta a alma,
Arranha de seguida.
Derrama sorrisos,
E, a escuridão é conseguida.

Tu tens o teu poder,
Interior e secreto .
Mas de tanto conter,
O poder foi descoberto em concreto .

Uma explosão de dor,
Expressões de cansaço.
Assim se perdeu todo o calor,
Naquele corpo, agora um amasso.

Ali ficou o corpo paralisado,
Ficou a honra, a lealdade, a coragem.
Depois, com interruptor desligado,
Em cada um ficou uma mensagem .

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Gratidão.

Posso não viver,
O que tu vives.
Não ter um lugar para preencher,
Nem dizer tudo como dizes.

Posso me humilhar,
De mim toda a gente se rir.
Mas podes confiar,
Que não te quero só uma noite, e fugir.

Posso escrever em português,
Centenas de poemas.
Ou talvez em inglês,
So para perceber se também me amas.

Posso saber matemática e ciência,
Responder a muitas questões.
Mas não sei explicar esta essência,
Que nunca tive em passadas paixões.

Fazer te ver como são,
As fórmulas do sucesso.
O que te diz o coração ?
Vive a vida com excesso.

Espera por mim se não te vir.
Depois, num longe futuro.
Se em algum momento surgir ,
Agradecer te, por este amor prematuro.

domingo, 26 de setembro de 2010

Uma carta sem retorno.

Tanto tempo passou,
Desde a ultima vez que te vi.
Nunca a minha cabeça lembrou,
Que hoje é o dia. Eu te perdi.

Tanto tempo passado,
Sem ter dito nada.
Tu mesmo aqui ao meu lado,
Bastava uma pequena caminhada.

Dificil a ultima vez lembrar,
O que disse, como e quando.
E agora? Como te vou falar ?
Agora, só implorando.

Deste me a aprender,
Para um dia poder ensinar.
Queria tanto te abraçar,
Tenho tanto para te dizer.

Sempre pensei,
Que no dia a seguir te ia ver.
Fui estúpido, eu sei.
Mas nunca poderia saber.

Como te posso dizer ?
Como podes voltar ?
Só uma vez mais te queria ver.
Faria tudo para podermos de situação trocar.

Eu sei que me consegues ouvir,
Eu sei que sabes ler o que acabei de escrever.
Como foste capaz de para o outro lado ir,
Sem eu ter algo bonito para te dizer ?

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Perder em segundos.

Desde da nascença,
Da primeira vista ao mundo.
Desde a primeira presença,
O momento é um segundo.

O primeiro bolo de aniversario,
Um outro brinquedo.
As primeiras letras do vocabulário,
Aprender a viver desde cedo.

A primeira escola,
O primeiro melhor amigo.
A primeira paixão que isola,
O primeiro : “Quero ficar contigo”.

Novos lugares,
Por explorar.
Poder atravessar mares,
Só a sonhar.

Mergulhar sobre o fogo,
Descobrir a água,
Desenterrar a terra,
Voar com o vento.

E, perto de perder a vida,
As imagens tornam se claras.
Num segundo a nossa história lida,
De esquecidas memórias raras.

Foi assim, que ele já não sofre,
Quando condenado pela morte.
A alma num corpo como ouro num cofre,
Agora, neste mundo já não terá sorte.


domingo, 22 de agosto de 2010

Como o muro de berlim.


Vivi, sorri, (amo?) ou amei.
Uma pessoa, objecto, animal.
Perdi tudo, foi nisto que me tornei,
Morto, preso, odiado pelo mal.

Tudo vem, e vai
Investir, amar…?
Do teu bolso, do teu coração tudo sai,
Um dia, sangue parará de bombear.

Como um muro a desmoronar.
Um para sempre prometido,
Tudo, agora só para lembrar,
Agora, tudo perdido.

O tempo, na palma da mão,
Escapando como a areia ao vento.
Eu, no meio de gigantes, um anão,
Nem com a vida me contento.

O coração amolece,
O olhar morre.
A mente esquece,
A alma, para sempre sofre .

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Perfume.

Rapariga inocente,
Com poder da fragrância.
Ideias indecentes,
Sem qualquer tolerância.

Aroma conquistador,
Inspirado ao acaso.
Vitima sem se impor,
Atracção de sexo, mais um caso.

Respiração cortada,
Calor potente.
Roupa mesmo larga, apertada,
Despe velozmente, inconsciente.

Corpo nu escravo,
Segue a fragrância feminina.
Liberdade simbolizada, o cravo.
Preso a ela agora, áquela menina.

Talvez fantasia,
Mas não, realidade.
E tudo como ele queria,
Até perder a capacidade.

Corpo esgotado,
A fragrância desaparece.
Magia do perfume limitada,
Arrependimento floresce.